segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Homenagem ao Pedro foi emocionante

Foi muito emocionante a homenagem ao Pedro promovida pela Prefeitura e Câmara Municipal de Anchieta no Espirito Santo, onde meu filho viveu por vários anos com sua linda família... meu filho Luiz Carlos conta um pouco dessa história no texto abaixo...





Algumas palavras sobre o meu irmão Pedro

Texto de Luiz Carlos Prestes Filho


O menino William nasceu dia 29 de junho de 1950, quase um ano após o assassinato de William Dias Gomes, ocorrido dia 7 de novembro de 1949 em Nova Lima, interior de Minas Gerais. Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), vereador, ele liderou greves contra a companhia britânica “St. John Del Rey Mining Co”, exploradora de ouro em minas de grande profundidade naquela cidade. As condições de trabalho dos operários eram péssimas e os salários injustos, considerando os riscos de segurança e a ausência de programas de assistência social. Aquela morte sacudiu o Brasil, especialmente o movimento de esquerda. Ele foi uma espécie de Chico Mendes dos anos 50. Por esta razão, o nome do primeiro filho de uma jovem militante comunista no Recife, em Pernambuco, Altamira Rodrigues Sobral, só poderia ser William.

Pois, o menino William, é o Pedro, meu irmão, e a jovem militante comunista, de 20 anos, minha mãe, Maria.

Esta troca de nomes aconteceu anos mais tarde, por conta das lutas clandestinas do PCB. Lutas nas quais minha mãe esteve envolvida desde o berço. Nosso avô, João Rodrigues Sobral, foi importante militante do PCB desde os anos 30. Participou da organização do Levante Armado Antifascista de 1935, que ficou conhecido como Intentona Comunista. Preso e barbaramente torturado ele conseguiu fugir durante sua transferência para o Distrito Federal, onde seria julgado pelo Conselho de Segurança Nacional. Nosso avô era conhecido como Camarada Lima. Sua figura valente serviu de modelo para o escritor Jorge Amado desenvolver personagens do livro “Subterrâneos da Liberdade”. Certa vez me contou pessoalmente o autor do livro “Cavaleiro da Esperança”.

O Pedro, por tanto, nasceu neste berço intenso de nossa mãe, Altamira, que dedicou sua juventude aos movimentos sociais. Apoiando greves, organizando passeatas e comícios, divulgando livros e jornais marxistas sempre com orientação do nosso avô.

Forçada a abandonar o Nordeste, após a separação do primeiro marido, mamãe foi para São Paulo com o William e o seu filho mais novo, o Luiz Carlos, que não sou eu, e sim o Paulo Roberto (a confusão de nomes, como dá para notar, tem longo histórico na nossa família) ela foi para São Paulo. É nesta cidade que o Comitê Central do PCB lhe dá a certidão de nascimento falsa, de Maria do Carmo Ribeiro, seu nome atual. Nesta ocasião – também – que o William passa a ser Pedro Fernandes e o mano Luiz Carlos é batizado de Paulo Roberto.

Na Capital paulista a mamãe recebe a incumbência de ser responsável por aparelhos do PCB - assim eram chamadas as casas destinadas a servir de residências clandestinas para os dirigentes do Partidão. Sua experiência de vida na ilegalidade durante anos ao lado do seu pai, inclusive a própria recomendação do mesmo ao Giocondo Dias, membro do Comitê Central do PCB, foi fundamental para que ela chegasse a esta atividade de alto risco.

Dia 4 de dezembro de 1952, no dia de Santa Bárbara, ou Iansã, como costuma lembrar mamãe, ela conheceu o homem que conquistaria definitivamente o seu coração e adotaria os seus primeiros filhos, conheceu– Luiz Carlos Prestes. Na época Secretário Geral do PCB, perseguido como um animal, seu local de esconderijo tinha que ter as mais rigorosas normas de segurança. Mamãe, no desempenho de suas tarefas, cumpriu estas normas ao pé da letra. Mas, avançou no campo sentimental. Criando, como todos sabem, uma grande família: Pedro Fernandes, Paulo Roberto, Antônio João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Mariana, Zóia e Yuri. Somados com Anita, filha do primeiro casamento de papai com a militante comunista alemã, Olga Benário, somos 10 filhos que já renderam vinte e cinco netos e nove bisnetos. Assim, papai e mamãe misturaram amor e revolução.

O Pedro e o Paulo, por conta das regras da vida clandestina, tiveram que ser enviados para morar com a irmã de papai, Clotilde, moradora do bairro do Catete, na cidade do Rio de Janeiro. Os dois tinham que começar a frequentar a escola. Era difícil garantir, por eles, que não comentariam com colegas detalhes da vida de seu pai que nunca podia sair de casa à luz do dia.

A rua Arthur Bernardes, que leva o nome do Presidente brasileiro contra o qual lutou, dois anos e três meses, a Coluna Prestes entre 1924 e 1927, é a rua da adolescência do Pedro. A ladeira Tavares Bastos, o Largo do Machado, a praia do Flamengo completam esta geografia particular daquele menino que, apesar de todo o carinho de sua tia, vivia um vazio de órfão, tendo os pais vivos, escondidos e incomunicáveis. Este vazio, na minha opinião, não deve ter se arrumado até sua morte.

Vejam que quando o Pedro achegou a casa da tia Clotilde, ele ficou dias sem tirar suas botas. Repetia: “A minha mamãe me calçou dizendo que eu ia fazer um passeio e voltar para ela. Não tirem minhas botas”. Proibia. E assim, dormiu calçado até que a amiga Haydée Catanhede Serra levasse ele para um sítio em Petrópolis. Cercado de outros meninos, correndo no mato, finalmente, resolveu tirar as botas.

O Colégio Pedro II no bairro do Humaitá é outro forte referencial, assim como as brigas por seu time de coração, o Flamengo. Outro marco destes anos é o início de sua militância política no PCB. Ao lado de colegas como o economista George Vidor e o Alex Xavier, revolucionário assassinado durante a ditadura militar, o Pedro viveu experiências inesquecíveis como o de ser responsável pela organização de grandes reuniões clandestinas. Para o ator Benvindo Sequeira, seu vizinho de prédio, meu irmão ficou na lembrança por conta das peladas memoráveis e – também – por subir a ladeira da Tavares Bastos para aprender a fumar: “Os meus vizinhos de prédio diziam, menino este garoto é sobrinho da irmã do Prestes, da Clotilde, ele deve ser comunista. Ele é perigoso”.

Entre os anos de 1959 e 1964, apesar da semilegalidade  do PCB meu irmão continuou residindo no Rio de Janeiro e não nos acompanhou na mudança para São Paulo. Época quando moramos legalmente com papai numa ampla casa no bairro de Vila Mariana. Juntou-se aos irmãos somente após o golpe militar. Com o papai outra vez na clandestinidade, mamãe assumiu – sozinha - os nove filhos. Ela não podia mais acompanhar o marido.

Em 1970, seguimos para o exílio na União Soviética. Tinha ficado perigoso, com a tortura e mortes de líderes políticos e de seus familiares, continuar no país. Em Moscou, após a chegada de papai em 1971, quase toda a família toda se reúne debaixo de um mesmo teto pela primeira e única vez. Quase toda, porque a Anita, nossa irmã mais velha, que já tinha formação acadêmica e ocupava um cargo importante na direção do PCB, morou separada.

Pedro, em poucos meses aprendeu a língua russa e, em seguida, foi estudar no curso técnico de aviação na cidade de Yegorovsk. Formado, resolveu morar em Cuba, onde foi trabalhar no aeroporto José Marti. Mesmo se desejasse não poderia voltar ao Brasil. Ele, como todos nós seus irmãos, teve a recusa do governo brasileiro na renovação do passaporte. Na cidade de Havana é que ele vai criar sua família, após o casamento com Marina, mãe de suas duas filhas: Claudia e Gabriela.

Em Havana realiza-se profissionalmente mas, paralelamente, continua dando sua contribuição ao PCB, servindo de contato direto de papai com o Comandante Fidel Castro e com seu irmão, o hoje Presidente, Raul Castro. As cartas de papai para o Pedro e as do Pedro para papai, um dia contarão esta História de cumplicidade, confiança e coragem. Naquela época os países latinoamericanos viviam debaixo de regimes militares fascistas: no Uruguai, no Brasil, na Argentina, no Paraguai e em El Salvador, entre outros.

Destemido, meu irmão participou de treinamento guerrilheiro para lutar como soldado da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN). Somente não embarcou para a Nicarágua porque 19 de julho de 1979 o ditador Somoza foi deposto. E Pedro nunca fez uso de suas habilidades com as armas, porque 28 de agosto do mesmo ano no Brasil foi assinada a Lei da Anistia. Esta lei permitiu a sua tão acalentada volta à terra natal.

Mas a volta trouxe outra dolorosa experiência, a de ser impedido de exercer a sua profissão. A Lei de Segurança Nacional, que ainda estava em vigor, impediu que meu irmão trabalhasse em qualquer aeroporto do país. Desta maneira, depois de várias buscas de alternativas de sobrevivência, ele volta para uma segunda temporada em Havana, onde vai trabalhar, desta vez na Rádio de Havana, nas transmissões para o Brasil.

O Pedro volta definitivamente para o nosso país, desatualizado com a tecnologia aérea, no ano de 1989. Com apoio dos seus queridos sogros Mara e Afonso, depois de uma rápida passagem por Belo Horizonte, vem morar em Anchieta.

Hoje entendo que aqui ele encontrou uma geografia parecida com a de sua infância. Com aquela geografia do bairro do Catete no Rio de Janeiro de sua adolescência. Geografia que não existe mais. Aqui ele encontrou a sua cidade que tinha uma rua Arthur Bernardes limpa e um Largo do Machado sem mendigos. Aqui ele encontrou a sua praia do Flamengo com o barulho de ondas e os ventos constantes. Praia que ficou muito distante dos moradores atuais, após a obra do aterro do Flamengo e a construção de centenas de edifícios que bloqueiam o frescor do mar. Como sou morador do canto mais remoto da rua Tavares Bastos, bem debaixo de uma antiga pedreira, dentro de uma Área de Proteção Ambiental do Catete, consigo ouvir os apitos dos navios que entram e saem da Baia da Guanabara todos os dias. Imagino que estes sons colaboraram para afinar os ouvidos musicais do meu irmão menino. E vejam que Anchieta é uma cidade que sabe o que é o movimento de um porto, o que é a entrada e saída de navios pesados. Quem sabe, sem meu irmão se dar conta, os navios o seduziram a ficar por aqui?

Sabemos que ele se realizou em Anchieta como Secretário de Administração e como gestor do Orçamento Participativo. Sabemos que deixou saudades em muitas famílias. Especialmente a população mais necessitada. E isso nos conforta. Obrigado a todos os presentes por terem dado ao Pedro tanta alegria e felicidade! Terem permitido ele desenvolver atividades nobres no campo das políticas públicas.

Um registro. Imaginem que ao primeiro encaminhamento realizado por meu irmão à Comissão da Anistia foi negada qualquer reparação ou pedido de desculpas, pelas violências que viveu por conta dos regimes autoritários brasileiros! A Comissão, numa primeira instância não reconheceu que ele nasceu e passou sua primeira infância na clandestinidade; que teve que passar sua adolescência longe de seu pai, da mãe e irmãos; que foi obrigado a acompanhar seus pais numa longa jornada de exílio na União Soviética e Cuba; que foi impedido pela lei de Segurança Nacional de exercer sua profissão e voltar forçado, pela realidade econômica, a um segundo exílio, mesmo após a promulgação da Lei da Anistia.

Hoje esta falta de sensibilidade Histórica foi reparada. Em breve a Marina, sua querida mulher, receberá toda documentação oficial do Governo Federal, onde o Estado Brasileiro reconhece oficialmente que o meu irmão Pedro foi um brasileiro que durante os seus melhores anos foi impedido de viver em sua Pátria, de viver em liberdade, a sua liberdade.

O Pedro não era somente o meu irmão mais querido. Ele era o irmão mais querido de todos os seus irmãos. Como seria bom que sua morte fosse mentira, que ele chegasse coçando a cabeça dizendo: “Pô, pessoal, eu tava só brincando. Sumi um pouquinho, tô de volta. Pô, pessoal, eu tava só brincando! Na vida não se pode levar tudo a sério. Deste jeito a gente termina morrendo mesmo!”

É isso. Um beijo no coração!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Homenagem ao Pedro em Anchieta no Espírito Santo

Amanhã participo de uma homenagem que está sendo preparada pelo prefeito de Anchieta ao meu querido filho Pedro que nos deixou no último 14 de novembro. Saudades sempre...

Sobre os documentos do Velho - FSP em 13 de dezembro

Saiu ontem na FSP sobre os documentos do Velho que vieram de Moscou:

Moscou só enviou 4 dos 38 documentosEm material recebido em outubro, há relatório sobre a ANL e anotações sobre viagem de Prestes ao Brasil em 1935

Aprovação de líder na cúpula do Komintern está entre documentos que o Arquivo Nacional ainda não recebeu

DE PORTO ALEGRE

Os quatro manuscritos obtidos pela Folha integram um conjunto de 38 documentos que o governo da Rússia se comprometeu a repassar ao Arquivo Nacional, no Rio.
Pedidos de cópias são feitos desde 2005 pela viúva do líder comunista, Maria Prestes, 80, mas a decisão de fornecê-las foi selada em reunião entre os presidentes Lula e Dmitri Medvedev em março deste ano.
A lista completa abrange documentos que vão de 1928 a 1941. O Arquivo Nacional informou que recebeu apenas os manuscritos e que já entrou em contato com o Arquivo do Estado Russo de História Política e Social para o envio do material restante.
Os quatro manuscritos foram repassados pelo número 2 da diplomacia russa, Andrey Denisov, ao diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, em cerimônia no Itamaraty, em outubro.
São eles: relatório sobre a situação do Brasil e da Aliança Nacional Libertadora e uma anotação sobre sua viagem ao Brasil, ambos datados 6 de março de 1935; o esboço de um artigo de Prestes sobre o Exército Vermelho, de 1934, e um telegrama sobre participantes de um Congresso Antiguerra ocorrido no Uruguai, em 1933.
Os outros documentos da lista -e que o Arquivo Nacional diz não ter recebido- captam lances decisivos da preparação e do fracasso da Intentona Comunista, conforme a Folha apurou. Alguns já são conhecidos por pesquisadores brasileiros desde os anos 1990.
Há três atas com a assinatura dos homens mais poderosos do Komintern. Uma delas, de 11 de março de 1934, guarda possivelmente indícios da discussão da primeira grande operação de Moscou para desestabilizar um governo na América do Sul.
Em 8 de junho do mesmo ano, uma reunião da comissão política da executiva do Komintern aprovou o ingresso de Prestes como membro da cúpula da organização -referendado depois. A Embaixada da Rússia em Brasília não se manifestou.

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Esta e outras matérias que completam a reportagem feita pelo jornalista Graciliano Rocha de Porto Alegre podem ser encontradas em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201012.htm

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Com o Presidente Lula no Teatro Municipal

Outro dia participei no Teatro Municipal aqui no Rio de uma atividade cultural muito prestigiada por vários artistas e personalidades. Foi a entrega da Ordem do Mérito Cultural e o grande homenageado foi Darcy Ribeiro. Estive com várias pessoas durante o encontro, inclusive com o Presidente Lula. Na foto estamos eu, meu filho Luiz Carlos, minha nora clarissa e Lula.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Em memória do Pedro, mensagem de George Vidor

Querido Vidor,
muito obrigada por sua mensagem carinhosa e por dividir com todos nós um pedacinho da juventude do Pedro.
Maria

Dona Maria

Já lhe conhecia há muitos anos, mas só fomos apresentados pessoalmente, por intermédio do Luiz Carlos, quando nos encontramos por acaso nos corredores de um shopping, passeando com quase toda sua família, em um dia feliz porque todos se preparavam para comemorar seu aniversário. A razão de lhe conhecer há tanto tempo é que fui colega, na adolescência, do seu filho Pedro. Em 1967, havia mudado às pressas para um pequeno e barulhento apartamento na Rua Bento Lisboa (minha a mãe se apavorara com o efeito das chuvas de verão nas bordas do bairro de Santa Teresa, onde morávamos) e Pedro vivia com a tia (sua cunhada ) na rua Artur Bernardes. Estudávamos no mesmo colégio  (Pedro II - Seção Sul) e fazíamos política estudantil juntos. Pedro acordava mais cedo que eu, passava embaixo do prédio para me apressar e lá íamos para o Humaitá - às vezes um motorista de ônibus mais camarada esperava por alguns segundos aqueles dois garotos correndo; eu ainda com um pão na mão.

Pedro estudava piano e eu gostava de música. Tinha uns bons discos de jazz e ele passou a apreciar esse tipo de música também. Fomos muito ao cinema, nas sessões do velho Paissandú. Embora eu fosse mais novo, estimulei Pedro a sair à noite - não eram tempos perigosos, ainda, para adolescentes como nós, que já se julgavam homens e amadurecidos. Uma vez fomos comemorar os 50 anos da Revolução de Outubro subindo a Pedra Bonita. Eu, Pedro e um outro colega (Alex Xavier, morto nos tempos da ditadura) formávamos "uma brigada avançada" que dormiria lá, preparando uma espécie de picnic. Choveu tanto à noite, ficamos tão ensopados que resolvemos descer quando o dia amanheceu. Mas o sol abriu, a turma da comemoração subiu e chegou lá não nos encontrou. Nada de sanduíches, bebidas. Ficaram furiosos com a gente...

Pedro e eu fomos a muitas passeatas de protesto juntos. Felizmente a senhora nunca soube, pois teria ficado preocupada, com razão, pelos riscos que corríamos.

Nossos caminhos foram se separando, à medida que a situação política se agravou no Brasil. Mantivemos alguma corrspondência quando voces todos já estavam abrigados em Moscou, mas o tempo foi passando e nossas vida foram tomando outros rumos.

Graças ao Luiz Carlos - Pedro falava muito da senhora e dos irmãos, e por isso "conhecia" toda  a família - reencontrei o Pedro em uma visita que fez ao Rio. Esse encontro foi no restaurante em um filho meu. Ele estava acompanhado da mulher e dos filhos. Luiz Carlos é testemunha da nossa alegria aos nos revermos depois de tanto tempo. Pedro não envelhecera; a fisionomia era quase a mesmo de quando era um rapaz.

Acho que nada pode diminuir a sua tristeza com a perda do querido Pedro. Mas saiba que ele foi um grande amigo e nós nunca o esqueceremos. George Vidor

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Luto

Na noite de ontem perdemos meu querido filho Pedro, toda família está em luto.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ontem recebi a medalha Tiradentes na ALERJ

Ontem tive a honra e a alegria de receber a Medalha Tiradentes na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, compartilho com todos que não puderam estar lá o meu pronunciamento:

Queridos amigos e companheiros de luta, irmãos!
Queridos filhos, sobrinhos, netos e bisnetos.

Agradeço a todos pela presença neste dia de homenagem.

Obrigada, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que me concedeu a honra da Medalha Tiradentes.

Um obrigada especial ao Deputado Estadual Nelson Gonçalves, amigo de muitas viagens por Conservatória – a terra encantadora das serestas e serenatas. Receba os meus sinceros agradecimentos pela indicação da Medalha Tiradentes. Nunca esquecerei da sua generosidade.

Sou uma mulher de origem humilde, meu pai e minha mãe nunca poderiam imaginar, no dia do meu nascimento, que a sua filha subiria a esta tribuna para receber a Medalha mais importante do Estado do Rio de Janeiro.

Meus pais eram nordestinos do interior de Pernambuco, que somente conheceram ao longo de suas curtas vidas limitações e ofensas. Principalmente o meu pai, militante entusiasta do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que teve corajosa atuação no Levante Armado Antifascista de 1935, evento que entrou para a História como Intentona Comunista. Preso após o fracasso, ele foi torturado e sobreviveu somente porque conseguiu escapar da prisão durante a sua deportação para o Distrito Federal, onde seria julgado por crime contra a segurança nacional. Foi através de meu pai que tive a oportunidade de, na infância conviver com o escritor Jorge Amado. Para o autor do livro “O Cavaleiro da Esperança”, João Rodrigues Sobral, nome completo de meu pai, foi um exemplo de comunista de base, militante que como milhares de outros trabalhadores dava sustentação e consistência as lutas populares.

Para o meu pai imaginar sua filha Altamira subindo nesta tribuna seria impossível.

Sim, o meu nome é Altamira Rodrigues Sobral e não Maria do Carmo Ribeiro ou Maria Prestes como hoje todos me conhecem. O PCB nos anos 50 teve que falsificar minha Certidão de Nascimento e a carteira de identidade. Como responsável por residências clandestinas de líderes comunistas eu não poderia continuar com a identidade que tinha sido fichada pela polícia política. Isso aconteceu quando fugi de Pernambuco e fui trabalhar com política profissionalmente. Assim dei continuidade a tudo o que aprendi durante a militância na Juventude Comunista Brasileira. Fui para a ilegalidade abandonando as passeatas, comícios, grupos de apoios a grevistas e as atividades de arrecadação de fundos financeiros para o PCB. Nesta última atividade sempre tive um bom desempenho ao lado do meu pai, que zelava pela economia. Não gostava de excessos de gastos na organização partidária.

Em São Paulo, já como Maria, conheci pessoalmente Luiz Carlos Prestes – o Cavaleiro da Esperança. Eu já havia estado ao seu lado no Recife, em 1945, no comício na Praça 13 de Maio. Naquela ocasião era uma das meninas de 15 anos que vibrava com sua imagem de Herói.

Em São Paulo, por conta da minha militância na Juventude Comunista, fui escolhida para ser a caseira do aparelho em que o Secretario Geral do PCB permaneceria escondido. Aparelho é o modo como chamávamos as residências clandestinas do Partidão. Eu só soube da designação no próprio dia. Isso fazia parte da disciplina partidária. Cumprir as decisões superiores sem questionar.

Foram nove anos da mais profunda clandestinidade. Época quando Prestes não podia colocar o nariz na rua, quando ele foi perseguido pela polícia como um animal feroz. O Partido Comunista enfrentou naqueles anos desafios Históricos como a campanha “O Petróleo é Nosso”, a crítica ao culto da personalidade ao Stalin (por conta do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética) e o movimento pela legalidade do PCB, no governo Juscelino Kubistchek.

No livro “Meu Companheiro – 40 anos ao lado de Luiz Carlos Prestes” relato alguns detalhes do que foram aqueles momentos. Conto sobre o homem que ele foi e revelo como terminamos, após intensa convivência, nos tornando marido e mulher. Portanto penso que não é necessário me prolongar nesta parte. Gostaria de destacar somente que durante esses nove anos cumpri minha missão: o Secretário Geral do PCB nunca correu o mínimo risco de ser preso. Esta era a minha tarefa, esta tarefa eu cumpri.

Coms a nossa união vieram sete filhos: Antônio João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Mariana, Zoia e Yuri. Já tínhamos os filhos de nossos primeiros casamentos. Ele a Anita, eu os meus dois meninos Pedro e Paulo. Dessa maneira, quando pela primeira vez anunciamos em público nossa união, muita gente ficou surpresa com o tamanho da nossa família. Hoje a turma está maior com a chegada de vinte e cinco netos e nove bisnetos.

Tenho filhos, netos e bisnetos morando nas cidades de Curitiba, Anchieta (Espírito Santo), Belo Horizonte, São Paulo, Santos, Goiânia, Brasília, Cavalcante, Crato, Ilhéus, Rio de Janeiro e Moscou.

Ao lado de Prestes vivi os tempos difíceis do Governo João Goulart, o Golpe Militar de 1964, o exílio entre os anos de 1970 e 1979 e o processo de abertura política após a anistia de 1979. Acompanhei meu marido em viagens por países como União Soviética (hoje Rússia), República Democrática Alemã, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, França, Italia, Alemanha Federal, Portugal, Hungria, Nicarágua, México, Cuba, Moçambique e Angola. No Brasil andamos por todos os estados e nossas principais cidades. Ficaria extenso listar todas.

As milhares de fotografias, livros, títulos oficiais, presentes e textos de pronunciamentos que doamos para a Universidade de Campinas e para o Memorial Coluna Prestes Tocantins (construído em Palmas) e Memorial Coluna Prestes Rio Grande do Sul (construído em Santo Ângelo) são fragmentos de um grande trabalho realizado pelo Cavaleiro da Esperança numa época em que a comunidade internacional nada sabia sobre os crimes cometidos pela ditadura militar brasileira. Sou testemunha do seu sincero esforço para que o Brasil vivesse a democracia que vivemos, ainda que limitada e burguesa. O atual regime de respeito ao estado direito permitiu a eleição de Fernando Henrique Cardoso, de Luis Inácio Lula da Silva e da primeira mulher na Presidência da República, Dilma Rousseff. Penso que os presentes concordam que hoje estamos com presidentes melhores do que um Costa e Silva, um Médici, um Geisel ou um João Figueiredo. Para citar algumas das porcarias que já passaram pelo Palácio do Planalto.

Caminhamos muito, perdemos muitas batalhas mas,
acredito eu, não perdemos a guerra. Como disse o
maior amigo de Luiz Carlos Prestes, o camarada
Oscar Niemeyer: Um ideal não morre. Morrem os
homens com suas ambições. O sonho do socialismo
continua, continua o sonho de construir uma
sociedade justa e igualitária. A humanidade sabe
que dentro do capitalismo não será possível acabar
com a fome, a miséria e as injustiças sociais”.

Compartilho desta opinião. Devemos nos esforçar para entender como caminhar para a frente. Como fazer com que nosso povo faça valer a sua voz, a sua identidade e a sua verdade. Como meu pai e como meu querido marido, Luiz Carlos Prestes, não acredito em reforma do capitalismo. Os donos do capital fazem reformas para explorar mais o povo trabalhador. Para acumular mais dinheiro nos seus bancos. Para enriquecer seus castelos e fortalezas.

É verdade que em muitas ocasiões eu sou lembrada como a caseira de Prestes. Sim, fui sua caseira. Fui caseira assim como centenas de outros companheiros e companheiras foram. Camaradas que cuidaram da segurança de Carlos Mariguela, Gregório Bezerra, João Amazonas, Armênio Guedes, David Capistrano da Costa ou de José Montenegro de Lima. Mas, não fui somente caseira de Prestes. Fui sua mulher, companheira, conselheira, confidente. Sou mãe da maioria de seus filhos. Sou avó de todos os seus netos e bisnetos!

Andei pelo mundo ao seu lado não somente aplaudindo, mas dando sustentação para o seu caminhar, para que a força de sua voz vibrasse. Apertei as mãos de homens como Jánus Kádar (Presidente da Hungria), Nikolai Podgorny (Presidente da União Soviética), Nicolae Ceauicesco (Presidente da Romênia), Tódor Jivkov (presidente da Bulgária), Broz Tito (Presidente da Iugoslávia), Gustav Gusak (presidente da Tchekoslováquia), Enrico Berlinguer (Secretario Geral do Partido Comunista Italiano), Alvaro Cunnhal (Secretario geral do Partido Comunista Português), Erick Honecker (Presidente da Alemanha Democrática), Samora Machel (Presidente de Moçambique), Agostinho Neto (Presidente de Angola), Gueidar Aliev (Presidente do Azerbaijão), Fidel Castro, Raul Castro, Luis Corvalan (Secretário Geral do Partido Comunista do Chile), Rodney Arismendy (Secretário Geral do Partido Comunista do Uruguai), Daniel Ortega (Presidente da Nicaragua), Georges Marchais (Secretário Geral do Partido Comunista Francês), Leonel de Moura Brizola, Darcy Ribeiro, Barbosa Lima Sobrinho, Miguel Arraes, Gregório Bezerra, Miguel Costa, Cândido Portinari, Ferreira Goular e – claro – Oscar Niemeyer. Também conversei com Yuri Gagarin, o primeiro homem a tripular uma nave espacial e dar volta ao planeta Terra, e com Valentina Tereshkova, a primeira mulher cosmonauta do mundo.

Com certeza não sou uma doutora, não tenho sequer um título acadêmico, pois não tive a chance que meus filhos felizmente tiveram e puderam aproveitar. Mas a universidade da vida pela qual passei ao lado deste político honesto, coerente e idealista muito me ensinou. Principalmente a paciência e a determinação.

Por isso, gostaria de dizer, caro Deputado Nelson Gonçalves, que é com serenidade que recebo desta casa a Medalha Tiradentes. É com determinação de defender os ideais socialistas que recebo a Medalha que leva a figura de um dos maiores mártires de nosso país.

Esta Medalha Tiradentes pertence a mulheres corajosas como Olga Benário, Zélia Magalhães, Elisa Branco, Júlia Arcoverde, Antonieta Campos da Paz, Maria Werneck, Betriz Bandeira Ryff, Júlia Santiago, Raquel Guerte, Adalgisa Cavalcanti, Acelina Mochel, Sônia de Moraes Angel, Elvira Câmara, Mimi Batista, Maria Aragão, Angelina Gonçalves e Haydée Cantanhede Serra. Aqui não posso deixar de mencionar os nomes de duas irmãs de Prestes que muito me apoiaram: Clotilde e Lúcia.

A todos, mais uma vez, meu muito obrigado.

Maria Prestes ou Maria do Carmo Ribeiro Prestes ou Altamira Rodrigues Sobral

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2010.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Medalha Tiradentes

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Gostaria de dividir com todos a minha alegria por ter sido indicada para receber a Medalha Tiradentes do Estado do RJ. Ela é dada para pessoas que durante sua vida contribuiram com o Brasil, seu povo e especialmente com o Estado do Rio de Janeiro. Será uma honra para mim receber esta medalha após tantos anos vivendo no Rio, um estado que acolheu a mim e ao velho no nosso retorno ao Brasil após a anistia.


Meu nome foi sugerido pelo Deputado Estadual Nelson Gonçalves e a entrega será no dia 11 de novembro, às 18:30, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, Palácio Tiradentes, Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, localizado na Av. Primeiro de Março s/n°, Praça XV.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Recebemos os documentos

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No último dia 8 estivemos em Brasília, no Palácio Itamaraty, eu, meus filhos João, Ermelinda e esposo José, Luiz Carlos, Zoia e esposo Otávio, Yuri e as netas Ana Maria, Andreia, Dianne e Catherine, além da bisneta Helena, para participar do ato oficial em que o Governo da Federação Russa entregou ao Brasil uma série de documentos e manuscritos de Prestes.

Foi uma atividade muito simples e bonita. Certamente todos os interessados, historiadores, pesquisadores vão poder conhecer a riqueza deste material ao consultar o acervo do Arquivo Público Nacional. O diretor do arquivo, o Sr. Jaime Antunes esteve no momento da entrega, nos mostrou algumas cópias dos manuscritos e foi muito prestativo com a família e imprensa lá presente.

Entre os poucos documentos expostos após a solenidade pude ver uma comunicação do Velho para um congresso de trabalhadores em Montevideo, escrito em espanhol, algumas anotações sobre a A.N.L. Segue abaixo um vídeo com toda a solenidade.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mensagem de dirigente nacional do PDT

Dona Maria,

Desejo me solidarizar com a senhora e com a sua família sobre a decisão de ceder ao Arquivo Nacional os novos documentos do líder Luís Carlos Prestes.

Esta decisão contribui para a construção do patrimônio da História do Brasil.

O povo brasileiro reconhece esta verdade e este valor social e político.

Os trabalhistas e a corrente política em que milito também lhe prestam todo apoio e respeito neste momento.

E devemos sempre registrar a admiração e o reconhecimento por toda a sua coerência e a sua dedicação à memória do grande líder comunista.

Aproveito também para pessoalmente lhe agradecer.


Gustavo Brandão Monteiro.
Membro do Diretório Nacional do PDT.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mensagem do Deputado Aldo Rebelo

Prezada Maria Prestes,
Considero a entrega de documentos pertencentes ao líder Luiz Carlos Prestes e em poder do Governo Russo um gesto de respeito ao Brasil e ao povo brasileiro. creio que Dona Maria Prestes, viúva do grande brasileiro está com toda razão ao defender a ida dos documentos para o Arquivo Público Nacional. A mesma razão cabe aos filhos, filhas e netos que apoiam a decisão de Dona Maria Prestes.
É verdade que outras instituições, inclusive o Instituto Luiz Carlos Prestes, presidido por Anita Leocádia Prestes poderiam reivindicar e acolher o acervo, mas nenhuma com a legitimidade que supere o Arquivo Público Nacional.
Atenciosamente,
Aldo Rebelo

Saiu na Folha hoje

Rússia entrega ao Brasil dossiê sobre Prestes
Arquivo Nacional receberá cópias de manuscritos, de artigos de jornais soviéticos e de fotografias do comunista
Filha de Prestes com Olga Benário, Anita Leocádia queria que documentos fossem para órgão presidido por ela
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

O governo russo vai entregar amanhã ao Brasil um conjunto de documentos inéditos sobre o líder comunista brasileiro Luiz Carlos Prestes (1898-1990).
São cópias de manuscritos de Prestes, de artigos de jornais soviéticos e de fotografias que serão encaminhadas ao Arquivo Nacional.
A maior parte deles é do período entre 1931 e 1934, quando Prestes viveu exilado na então União Soviética de Josef Stálin (1878-1953).
O teor dos arquivos não foi detalhado pelas autoridades russas. A liberação do material foi decidida durante uma reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dmitri Medvedev.
A Folha apurou que Lula interveio pessoalmente no caso quando esteve em Moscou, em maio passado. Luiz Carlos Prestes Filho, um dos filhos do líder comunista, acompanhou o presidente em Moscou. Medvedev prometeu liberar o material, que integra o acervo do Arquivo Nacional Social e Político, sediado na capital russa.
Na sexta, o número 2 da diplomacia da Rússia, Andrey Denisov, vai entregar os documentos ao diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, em cerimônia no Itamaraty.

DISPUTA FAMILIAR
A destinação das cópias foi decidida somente ontem. O embaixador Serguey Pogóssovitch Akopov foi pressionado pelos herdeiros de Prestes, que travam disputa pelo destino dos documentos.
A viúva Maria do Carmo Ribeiro Prestes, com quem o líder comunista teve nove filhos, apelou para os arquivos serem encaminhados a uma instituição pública.
"Para que seja salvaguardado para o futuro, o melhor é abrigar no Arquivo Público Nacional, uma instituição do Estado brasileiro, e não uma instituição x ou y", disse a cientista política Ana Maria Prestes Rabelo, 32, neta de Prestes.
Já a historiadora Anita Leocádia Prestes, 73, filha do comunista com a alemã Olga Benário (1908-1942), reivindicou a entrega dos documentos ao Instituto Luiz Carlos Prestes, que ela preside.
Anita Leocádia é autora do livro "A Coluna Prestes" (Paz e Terra), sobre a marcha liderada por ele entre 1925 e 1927.
Em carta dirigida a Akopov em setembro, ela protestou em tom duro por não ter sido comunicada da entrega dos documentos e pediu que eles fossem encaminhados ao acervo do instituto.
"Não só sou filha de Luiz Carlos Prestes com Olga Benário Prestes como autora do único trabalho de pesquisa existente de caráter acadêmico sobre a Coluna Prestes [...] Sinto-me, portanto, no direito de reivindicar a documentação", diz ela, em trechos da carta.

ABRIGO DE STÁLIN
Após a Coluna, o então capitão Prestes, expoente do movimento tenentista, exilou-se na Bolívia. Pouco antes da Revolução de 30, voltou a Porto Alegre e recusou apoio a Getúlio Vargas no golpe que o levaria ao poder.
Viveu exilado na URSS na primeira metade da década de 1930. Retornou ao Brasil como enviado do Komintern (organização dos partidos comunistas) para articular a ANL (Aliança Nacional Libertadora) e lideraria o fracassado levante que se tornaria conhecido como Intentona Comunista (1935).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Entrega dos documentos

Está confirmado. No dia 8 de outubro a Embaixada da Rússia no Brasil fará a entrega dos documentos do velho ao governo brasileiro. Vai ser no Itamaraty e eu viajo do Rio com a minha neta Andreia. Lá encontrarei outros filhos, netos, bisnetos que também vão acompanhar com alegria este momento histórico. Obrigada a todos que tem apoiado nossa iniciativa de levar os documentos para o Arquivo Público Nacional.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

De volta a Moscou

No último mês de julho estive em Moscou, terra que me acolheu e onde fui muito feliz com o Velho, filhos e netos.


Photobucket

Obrigada Sérgio pelas belas palavras

D. MARIA,

Parabéns pela ida à Rússia. Pensei que havia ido apenas para conhecer o netinho, o que, alias, bastaria. Mas solicitar aos russos os manuscritos do grande marido que a senhora teve, foi demais da conta! Agora teremos todos os brasileiros o direito de colher os melhores ensinamentos junto ao Arquivo Nacional.
Para a senhora um grande beijo, do tamanho da Coluna. Quem me dera fosse tão grandioso quanto a audácia e a ousadia alcançadas por Luiz Carlos Prestes, mas ele e ela, sua glória, são inalcançáveis, não é mesmo! A não ser para D. Maria do Carmo Ribeiro! 

Sérgio Cidade de Rezende (economista)
Assessor
Assessoria para Desenvolvimento da Indústria Cultural do Rio de Janeiro

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Olha a cabeleira do Zezé

A minha bisneta Helena adora cantar Olha a Cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é... 
 
Vejam que bonita mensagem eu recebi do seu autor 
 
Dona Maria!
 
Muito oportuna a sua decisão de doar os documentos de Luiz Carlos Prestes, que estavam na Rússia, para o Arquivo Nacional.

São importantes registros da História do Brasil e vão revelar aspéctos da nossa luta, da luta que acompanhamos e participamos.
 
Parabéns querida Dona Maria, pessoa por quem tenho especial carinho.
 
João Roberto Kelly
Compositor
(autor das marchinhas de carnaval "Cabeleira do Zezé", "Mulata Bossa Nova", entre tantas outras)

Bela mensagem da juventude do PMDB

É com grande alegria que nós da Juventude do PMDB recebemos a notícia de que os manuscritos de Luiz Carlos Prestes, chegam ao Brasil, bem como foram liberados pelo Governo Russo.
Mas além disso o pedido da nação brasileira, e de sua juventude é que os mesmos sejam destinados ao Arquivo Nacional, com a intenção de que toda a Juventude brasileira, sonhadora e com seus ideais, possam ter acesso à história de um grande nome brasileiro.

Assim despertando ainda o que há de mais bonito neste país: A vontade de um Brasil melhor através da história de seus militantes políticos. Bom seria se pudéssemos ao mesmo tempo disponibilizar aquivos secretos da Ditadura Militar, que por muitos é escondido. E o Governo Russo vem com esta atitude dar o exemplo tornando público uma parte da construção da democracia neste país.

A juventude brasileira e a Juventude do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (JPMDB), se solidariza com o pedido da Sra. esposa do Sr. Luiz Carlos Prestes (in memoriam), Maria do Carmo Prestes, para que esta lacuna da história de um militante Brasileiro seja preenchida e que esteja ao alcance de toda a juventude que ainda mantém seus ideais.

Bruno Pessuti
Direção Nacional da Juventude do PMDB

José Mello
Presidente Estadual da JMPDB PR

Marc Emanuel Sousa
Direção Nacional da Juventude do PMDB

Kauana Velloso de Souza
Direção Nacional da Juventude do PMDB

Curitiba, 29 de Outubro de 2010.

Mensagem do Professor Juarez Guimarães

Cara Maria Prestes
 
sobretudo o nome de Luís Carlos Prestes pertence à história do Brasil, à memória da luta dos oprimidos e é um patrimônio de nossa cultura pública.
 
Por esse entendimento, apoio integral e enfaticamente a ida dos documentos para o Arquivo Público Nacional.
 
Juarez Guimarães
 
Professor de Ciência Política
 
Coordenação do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros- UFMG

Obrigada às deputadas do PCdoB Manuela Davila e Jô Moraes

Prezado Sr. Serguey P. Akopov

Receba meus cumprimentos. Muito me alegrei ao saber da decisão do governo da Federação Russa de tornar disponíveis para o povo brasileiro os manuscritos pertencentes a Luiz Carlos Prestes e que se encontram arquivados em Moscou. Certamente o povo gaúcho e todo os brasileiros desvendarão um pedacinho a mais de sua história através destes documentos. Louvo também a iniciativa da família, através de D. Maria Prestes, filhos e netos de enviarem os documentos para o Arquivo Público Nacional, onde estarão disponíveis para todos os interessados.

Cordialmente,

Manuela Davila
Deputada Federal PCdoB - RS 



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Prezado Sr. Serguey P. Akopov

Embaixador da Federação da Rússia no Brasil
Receba meus cumprimentos pela decisão do presidente Medvedev de tornar disponíveis os documentos e manuscritos percencentes a Luiz Carlos Prestes e que se encontram depositados nos arquivos da Federação Russa. Certamente tais documentos ajudarão a compor mais um pedaço da rica história do povo brasileiro e do Brasil.

Deixo também a minha mensagem de apoio à família Prestes, representada na família da Sra. Maria do Carmo Ribeiro, viúva de Prestes, que em conjunto com seus filhos e netos decidiu pela destinação dos documentos ao abrigo do Arquivo Público Nacional.

Atenciosamente,

Jô Moraes
Deputada Federal PCdoB - MG

Deu na rádio...

Ouçam pela Voz da Rússia:

No próximo dia 8 de outubro, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, devolverá à família do líder comunista Luis Carlos Prestes os seus manuscritos que estavam guardados em Moscou desde a década de 30. Foi a própria família de Prestes quem solicitou ao governo russo a devolução destes papéis.

link: http://tiny.cc/yjmv6

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Obrigada Plínio!

À
Dona Maria do Carmo Ribeiro Prestes e Filhos
 
 
Por intermédio de Mariana Ribeiro Prestes, expresso meus maiores louvores pela iniciativa de reivindicar a entrega dos documentos de Luiz Carlos Prestes, que estão em posse do querido povo russo, ao Arquivo Publico Nacional Brasileiro.
Para os brasileiros que conhecem a história do companheirismo da D.Maria do Carmo, muitos aceitariam que estes documentos se transformassem em um patrimônio familiar a ser preservado e cultuado pelos seus descendentes.
Somente a D.Maria do Carmo e seus filhos são capazes de superar o culto pessoal para expressar a importância histórica de Luiz Carlos Prestes para um povo que necessita de referências, construídas por pessoas que superaram seus interesses pessoais pelo ideal de incluir o nosso povo no universo da liberdade solidária que só a Classe Trabalhadora haverá de desenhar e consolidar seus caminhos.
Como brasileiro e pai agradeço o desprendimento da viuva D.Maria do Carmo Ribeiro Prestes e dos seus filhos Pedro Fernandes Prestes (filho), Paulo Ribeiro Prestes (filho), Antônio João Ribeiro Prestes (filho), Rosa Ribeiro Prestes (filha), Ermelinda Ribeiro Prestes (filha), Luiz Carlos Prestes Filho, Mariana Ribeiro Prestes (filha), Zoia Ribeiro Prestes (filha) e Yuri Ribeiro Prestes (filho), pelo legado que passa a ser de todos nós brasileiros.
 
Psic.Plínio Constancio Alvarenga Neto
Rg: 3.282.646

Da amiga Rosa

À Federação Russa no Brasil

Prezados Senhores,

Dirijo-me a Vossas Senhorias para solicitar o maior empenho no sentido de que sejam entregues à viúva de Luiz Carlos Prestes os manuscritos deste importante líder brasileiro, os quais serão encaminhados ao Arquivo Nacional, o espaço público por excelência destinado à consulta de historiadores, pesquisadores e do público em geral.  

Atenciosamente,

Rosa Maria Batista

Obrigada Lúcia

Senhor Embaixador,
 Soube pelos jornais que parte do  acervo do grande líder Luiz Carlos Prestes estaria sendo pleiteado por outra Instituição. Grande admiradora de  Maria Prestes e sua família, venho reiterar o pedido para que sejam entregues à viúva deste ilustre brasileiro os arquivos agora disponibilizados pela Rússia.
Importante ressaltar que tais documentos serão entregues pela família ao Arquivo Nacional, instância de referência  para consulta de todos os brasileiros interessados em tão importante página de nossa História .
Atenciosamente,
Lúcia Maria Paraguassu Abrantes

Mais um apoio importante

Vejam abaixo mais um apoio importante. A mensagem é do produtor cultural Carlos Saboia Monte, pai da admirável cantora Marisa Monte.

SENHOR EMBAIXADOR,

Por vosso intermédio, venho congratular-me com o GOVERNO e
com o POVO da FEDERAÇÃO RUSSIA, pela decisão de
depositar em mãos brasileiras o arquivo do grande líder
democrático Luiz Carlos Prestes contendo registros
produzidos durante sua primeira passagem pela RUSSIA entre
1931 e 1935 e que abordam aspectos provavelmente inéditos
do movimento por ele liderado e que passou à História
com o nome de Coluna Prestes.

A propósito, associando-me à generosa atitude de D.
Maria Prestes de sugerir que o referido material passe a
integrar o corpo de documentos do Arquivo Nacional,acabo de
enviar ao jornal O GLOBO a seguinte mensagem:

" Na condição de assinante e leitor diário de O GLOBO
tomei conhecimento pela coluna de Ancelmo Gois da decisão
do governo russo de fazer entrega dos arquivos do líder
comunista Luiz Carlos Prestes à sua família.
Considerando a relevância histórica da Coluna Prestes e
a absoluta necessidade de que se preserve e se franquie
amplamente o referido arquivo para estudo daquele movimento,
considero fundamental que seja atendida a generosa
sugestão de D. Maria Prestes de que o mesmo seja
encaminhado ao Arquivo Nacional para permitir o acesso livre
do mesmo a todos os brasileiros."

Receba Senhor Embaixador os meus votos de estima e
consideração


    Carlos Saboia Monte
engenheiro e produtor cultural

Apoios recebidos

Vejam abaixo algumas mensagens de apoio à destinação dos documentos para o Arquivo Público Nacional
............................................................................

Ex. Senhor Embaixador Serguey Akopov:
Escrevo-lhe em completo apoio à solicitação da senhora Maria Prestes, para que os documentos de L.C. Prestes se destinem ao Arquivo Nacional da República Federativa do Brasil.
Atenciosamente,
Aloisio Sérgio Rocha Barroso,
médico, Mestre e doutorando em Economia Social e do Trabalho (Unicamp), diretor de Estudos e Pesquisas da Fundação Mauricio Grabois
.....................................................
Prezados Senhores
Venho manifestar minha opinião de que os documentos de Luiz Carlos Prestes devem compor o acervo do Arquivo Nacional.
Atenciosamente
Liège Rocha
..........................................................................
Ribeirão Grande-SP, 24 de setembro de 2010.

À Embaixada da Rússia no Brasil

Estimados Senhores,

                   Dirijo-me a esta Embaixada com o intuito de solicitar que os documentos de Luiz Carlos Prestes, inclusive manuscritos, que estavam em poder da KGB, que o governo russo decidiu devolver ao Brasil, atendendo ao pedido de Maria Prestes, sua esposa, sejam arquivados no Arquivo Nacional brasileiro, estando à disposição de historiadores e interessados na história do Brasil.

                  Agradeço a atenção dos senhores e me despeço contando com a deferência à minha solicitação.

                   Atenciosamente,
                                     

                                                        Maria Helena D’ Eugenio
                                                        Cidadã brasileira
                                                        Tradutora
                                                         RG. 5.896.040- SSP-SP
.............................................................................
Prezado Senhor Serguey P. Akopov
Embaixador da Federação da Rússia no Brasil
SES Av. das Nações
Quadra 801 Lote A
70476-900 Brasília - DF
Goiânia, 24 de setembro de 2010.
Venho por meio deste apoiar a decisão da família Prestes de que os documentos referentes à Luis Carlos Prestes, "O cavaleiro da esperança", sejam destinados ao Arquivo Nacional para que todos, brasileiros e brasileiras, tenham acesso a eles.
Sem mais para o momento, agradeço desde já sua atenção.
Cordialmente,
Flávia Dayana Almeida Noronha
Professora de Educação Física

..............................................
Prezado Senhor Serguey P. Akopov
Embaixador da Federação da Rússia no Brasil

É com muita alegria que soube, por meio de uma das netas de Luiz Carlos Prestes, Ana Maria Prestes, que o governo Russo destinará documentos importantes do Cavaleiro da Esperança ao governo do nosso país. Nós, que admiramos a luta desse homem, sua história e trajetória, e estudamos a sua contribuição para a formação da sociedade brasileira, entendemos que esses documentos devem estar disponíveis para estudo e ampla divulgação e solicitamos a sua atenção no sentido de encaminhá-los ao Arquivo Nacional, onde estará acessível a todo o povo brasileiro.
Parabenizo o governo Russo pela iniciativa!

Atenciosamente,

Profa. Eleonora Schettini M. Cunha
Departamento de Ciência Política
Universidade Federal de Minas Gerais
..............................................................

Saiu no Vermelho

Rússia entrega ao Brasil documentos de Luiz Carlos Prestes
 
Atendendo a um recente pedido feito por Maria do Carmo Ribeiro Preses, viúva de Luiz Carlos Prestes, o governo da Rússia irá entregar ao Brasil diversos documentos e manuscritos do líder comunista que estavam em poder da KGB. A solenidade de entrega acontecerá em Brasília no mês de outubro.

Segundo a cientista política e membro do Comitê Central do PCdoB, Ana Maria Prestes Rabelo – neta de Prestes – o destino dos documentos ainda não está definido. Ela explica que a maioria dos membros da família deseja que os manuscritos sejam encaminhados ao Arquivo Público Nacional – para que fiquem à disposição de todos os cidadãos brasileiros.

“Recebemos a notícia com muita alegria e queremos compartilhar essa conquista com todos os brasileiros. Esses documentos são muito importantes porque nos ajudam a decifrar a própria história do país” diz.

Ana afirma que a família não conhece com exatidão o conteúdo dos registros, mas acredita que eles tenham sido produzidos entre os anos de 1931 e 1934.

Da redação

Link: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=137826&id_secao=1

Saiu na ISTOÉ

24.set.2010

Revista Istoé Edição 2133

Coluna Brasil Confidencial

A Guerra de Anita
 
Viúva de Luiz Carlos Prestes, Maria Prestes desencantou de vez com Anita Leocádia, filha de Prestes com Olga Benário. Em viagem a Moscou, Maria conseguiu do governo russo a liberação de manuscritos de 1931 a 1934 para o Arquivo Nacional. Anita, porém, apareceu no meio do caminho e exigiu que os documentos lhe fossem entregues. Disse que só ela zela pela memória de Prestes.

Link: http://www.istoe.com.br/assuntos/brasil-confidencial/

Saiu no O Globo 2

Coluna do Ancelmo 22.09.2010

Arquivos da KGB
Anita Leocádia, filha de Prestes e Olga, ao saber, pela coluna, que o governo russo vai entregar manuscritos inéditos do pai, escreveu ontem ao embaixador daquele país pedindo que o material vá para o Instituto Luiz Carlos Prestes, que ela preside.
Professora de História da UFRJ, Anita tem pesquisado a Coluna Prestes, objeto de parte dos manuscritos.
Na verdade...
Os russos estão atendendo a um pedido de Maria, viúva do líder comunista, feito por intermédio de Lula.
A viúva quer que o material seja doado ao Arquivo Nacional, para pesquisa.
Segue...
Com o fim da União Soviética, muita coisa do arquivo da KGB trocou de mãos.
Um diplomata brasileiro tem um relatório original sobre as visitas de Prestes à embaixada soviética, às vésperas do Golpe de 1964.

Link: http://tiny.cc/40h73

Saiu no O Globo

Coluna do Ancelmo 21.09.2010

Arquivos da KGB
Numa cerimônia no Palácio do Planalto, dia 8 de outubro, o chanceler russo Serguei Lavrov vai fazer a entrega à família de Luiz Carlos Prestes de manuscritos inéditos do líder comunista.
São da época em que ele viveu na União Soviética, pela primeira vez, entre 1931 e 1934.
Coluna Prestes
Desse acervo, constam cadernos de anotações e comentários sobre a Coluna Prestes, uma guerra de guerrilha entre 1925 e 1927, escritos pelo próprio.
Na época, os rebeldes que combatiam a República Velha não tinham inspiração comunista. Prestes só entra no PCB pouco antes de viajar para a antiga URSS.
Para concluir
Este material está guardado faz 75 anos nos arquivos secretos da antiga KGB.
Link: http://tiny.cc/0sa9t

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Manuscritos Prestes

Prezado Senhor Serguey P. Akopov
Embaixador da Federação da Rússia no Brasil
SES Av. das Nações
Quadra 801 Lote A
70476-900 Brasília - DF

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2010.

Receba os mais sinceros cumprimentos.

Foi com alegria que a família Prestes recebeu a notícia da decisão do Presidente Dimiter Medvedev em enviar para o Brasil cópia dos documentos manuscritos de Luiz Carlos Prestes, depositado nos arquivos da Federação Russa. Hoje já somos 10 filhos, 25 netos e 8 bisnetos!

Como é de Vosso conhecimento, a nossa família considera a Rússia a sua segunda Pátria. Pois, foi esta terra que – em momentos difíceis – protegeu todos os seus membros.

A vida de Luiz Carlos Prestes foi marcada por profunda admiração pelo povo russo, sua capacidade de realização de façanhas no campo social, político, científico e cultural.

Estamos de acordo com o Presidente Lula em encaminhar todos os documentos que serão entregues a família, dia 8 de outubro, em Brasília, para o Arquivo Público Nacional. São documentos importantes para a História do Brasil. Documentos que poderão revelar novos aspectos da vida e da luta de um dos maiores vultos da História brasileira do século XX.

Decisão igual tomamos, quando doamos o acervo particular de Luiz Carlos Prestes para a Universidade de Campinas (Unicamp).

Nos últimos anos temos nos dedicados a realizar obras em homenagem ao Cavaleiro da Esperança. Construímos:

- Memorial Coluna Prestes Tocantins (na cidade de Palmas)
- Memorial Coluna Prestes Rio Grande do Sul (na cidade de Santo Ângelo)
- Memorial Coluna Prestes Paraná (na cidade de Santa Helena)- Memorial Coluna Prestes Ceará (na cidade de Crateús)

Denominamos estradas, avenidas e ruas com o nome de Prestes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Dezenas de escolas e creches também levam o seu nome.

Neste momento estamos nos preparando para a inauguração da Praça Luiz Carlos Prestes em Montevidéu, Capital do Uruguai. No local, próximo ao Palácio da Presidência da República, será erguido um monumento a Prestes de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer.

Sendo assim, aceitamos o honroso convite do Senhor Embaixador para comparecer a Cerimônia oficial de entrega dos documentos de Luiz Carlos Prestes, guardados durante dezenas de anos nos arquivos da Federação Russa.

Desejamos que este momento fortaleça a amizade dos nossos povos.
Viva Rússia e Brasil!
Cordialmente,


Maria do Carmo Ribe iro Prestes (viúva de Luiz Carlos Prestes)

Representa os filhos:
Pedro Fernandes Prestes (filho)
Paulo Ribeiro Prestes (filho)
Antônio João Ribeiro Prestes (filho)
Rosa Ribeiro Prestes (filha)
Ermelinda Ribeiro Prestes (filha)
Luiz Carlos Prestes Filho
Mariana Ribeiro Prestes (filha)
Zoia Ribeiro Prestes (filha)
Yuri Ribeiro Prestes (filho)